Taxa Referencial: o que é, como funciona e como calculá-la

11/01/2021min de leitura

Você provavelmente já deve ter ouvido falar do financiamento imobiliário, principalmente porque a Nova Época já fez alguns posts falando sobre o assunto. Mas você conhece ou já ouviu falar da Taxa Referencial (TR)? E você sabe como ela funciona ou como ela pode influenciar nos seus investimentos?

Criada na década de 90 e ainda usada como referência para alguns investimentos e financiamentos, essa taxa de juros de referência é uma antiga conhecida dos brasileiros, principalmente daqueles que têm o costume de aplicar na caderneta de poupança. Atualmente, ela também serve como forma de rentabilidade para outros tipos de investimentos.

No momento de escolher seu investimento, é necessário conhecer mais sobre essa taxa e se é vantajoso adquirir papéis que a usam como forma de rentabilidade. Volta e meia a Taxa Referencial reaparece e volta a ser muito falada no mercado de investimentos, porém nem todo mundo sabe para o que ela serve de fato ou como ela é calculada e o impacto que ela pode causar na vida financeira.

Para te ajudar a ficar por dentro desse assunto e eliminar qualquer dúvida que você possa ter, a Nova Época fez esse guia completo com todas as informações que você precisa conhecer sobre a TR e de que maneira ela pode impactar nos seus investimentos. Não deixe de conferir nossas ofertas e caso você precise de ajuda basta entrar em contato conosco!

O que é a Taxa Referencial?

Como já dito acima, a Taxa Referencial, ou TR, foi criada nos anos 90 com o objetivo de ser uma taxa de juros de referência. Ou seja, sua intenção era servir de parâmetro para a economia brasileira e para os juros praticados no Brasil naquela época, que foi marcada pelo descontrole inflacionário precedente do Plano Real. Seu papel era semelhante ao que a Taxa Selic exerce atualmente, o controle da inflação.

Hoje em dia, a TR serve como um indicativo da atualização monetária de algumas aplicações financeiras e operações de crédito. Isso significa que ela é usada para corrigir valores ao longo do tempo, assim como ainda é utilizada, em alguns casos, para índice de reajuste ou parâmetro para um índice de inflação.

Como a TR é calculada e definida?

Antes de investir e tomar qualquer decisão, é essencial que você saiba como a Taxa Referencial é calculada atualmente, assim você entenderá melhor seu funcionamento e seus resultados. Para calculá-la, primeiramente é preciso encontrar o valor de outro indicador: a Taxa Básica Financeira ou TBF. Essa taxa é o principal elemento da fórmula utilizada para chegar ao valor final da Taxa Referencial.

Atualmente TBF é calculada com base nas taxas de títulos públicos prefixados do Tesouro Nacional, as chamadas Letras do Tesouro Nacional ou LTNs e é considerada média ponderada das taxas de juros praticadas no mercado secundário nas negociações com LTNs. Antigamente, a TBF e a TR representavam a média das taxas oferecidas nos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e nos Recibos de Depósitos Bancários (RDBs) prefixados emitidos pelos bancos. Essa mudança foi realizada para adequar esse cálculo à nova realidade do mercado, que está e constante evolução.

Com os CDBs e os RDBs caindo em desuso, já que os investidores e as instituições financeiras encontraram opções mais interessantes de aplicação, a migração desse cálculo para as LTNs ajudou a manter a relevância estatística da TBF e da TR. Porém, na prática nada mudou nem para o investidor nem para quem tem um financiamento atrelado à TR. Isso se dá ao fato de que o valor final dessa taxa se manteve praticamente igual ao do período anterior da mudança, mesmo que seu cálculo seja feito de uma maneira diferente.

Com o valor da Taxa Básica Financeira em mãos, o Banco Central pode finalmente aplicar um redutor e então chegar ao valor final da Taxa Referencial. Ou seja, a TR é consequentemente sempre um pouco menor do que a TBF.

Como essa taxa impacta os investimentos e financiamentos?

A Taxa Referencial ainda é muito presente na atuação monetária de investimentos e contratos, pois é referência para aplicações financeiras muito disseminadas entre os brasileiros, como a poupança. A TR tem diferentes impactos, dependendo do tipo de investimento feito. Alguns deles são:

1.Poupança

O pagamento da poupança está atrelado à TR, ou seja, quando essa taxa aumenta ou diminui isso tem um impacto direto no rendimento da caderneta. Isso acontece porque a remuneração da poupança segue uma regra que muda de acordo com o nível dos juros básicos da economia brasileira. Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança paga 0,5% ao mês mais a variação da TR e quando os juros estão iguais ou abaixo de 8,5%, a remuneração pode ser equivalente a 70% da Selic mais a variação da TR.

Porém, esse sistema foi substituído no ano de 2012 e vale somente para os depósitos feitos na caderneta deste ano em diante. Para poupanças mais antigas, antes deste ano, a regra é diferente: a remuneração é de 0,5% ao mês somado a variação da TR. Com isso, podemos perceber que independente da poupança ser nova ou antiga, da Selic baixa ou alta, a TR sempre entra na conta da rentabilidade da caderneta e por conta disso ela pode mudar e muito de um mês para o outro.

2. FGTS

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é uma reserva financeira para os trabalhadores depositada pelo empregador e seus valores podem ser resgatados em ocasiões específicas, como em casos de demissão sem justa causa ou para a compra de um imóvel.

Enquanto o FGTS permanece depositado, os recursos são remunerados e a rentabilidade é de 3% ao ano mais a variação da TR. Com isso, podemos perceber que, assim como no caso da poupança, quando há uma elevação ou uma redução no valor da Taxa Referencial, isso também pode afetar no retorno do FGTS.

3. Financiamento Imobiliário

É comum que os contratos de financiamento imobiliário tradicionalmente atualizem o saldo devedor utilizando a Taxa Referencial, assim, além dos juros devidos por quem recebe o empréstimo, o montante que ainda falta pagar também cresce de acordo com essa taxa.

Porém cuidado, pois nem todos os contratos seguem esse modelo. Alguns têm o saldo devedor atualizado por algum índice de inflação, como o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado) e até mesmo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Por isso, é importante que você se atente na hora de fazer o financiamento.

Com todas essas informações, a Nova Época espera ter te ajudado a entender melhor sobre a Taxa Referencial, como calculá-la e qual sua importância na hora de impactar investimentos e financiamentos.

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